quarta-feira, 9 de maio de 2012

Inferno Gelado

Lágrimas Para Dar (Tears to Shed) 

(Scene from "Corpsy Bride"
Cena de "A Noiva Cadáver")
Frente a verdade fatídica da vida, as únicas realidades suportáveis são aquelas conhecidas.
Dos sofrimentos alheios bastam-nos dos que temos conhecimento (os nossos).
O que seriamos que não apenas farrapos de sentimentos se dispuséssemos nossas lágrimas em toda tristeza que nos aparece.
Fato é que o padecimento alheio não nos é maior pois não compartilhamos dele.
Sofrer antecipadamente também é um dos meios mais fáceis de se prologar um pesar que provavelmente nem venha a acontecer.
Dores de despedida deveriam ser como a própria despedida. Passageiras.
O pranto é flor murcha que se dissolve e vira pó, porém as feridas que nos vertem lágrimas são mais profundas que as próprias raizes destas flores.
Viver é um constante ato de sofrimento que mesmo nos bastidores nos contraria e as máscaras lacrimais que nos quedam por algum motivo inexplicável não deixam nossas faces.
Dor profunda esta que nos corta aos poucos. Que em meio a sentimentos ferrenhos nos congela de tristeza.
Mescla essa que nos machuca e nos entorpece.
Quisera que estes sentimentos fossem mais frios e menos doloridos
Ou mesmo que fossem sentimentos mais frívolos.
Dor que atinge o âmago do ser
Seja parceiro, seja amigo
Faça com que se cresça mais
E se sofra menos.
Se possível!


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